Habitação

Banco de Materiais constrói casa para famílias em vulnerabilidade

Iniciativa em Pelotas viabiliza moradia digna por meio da doação de materiais de construção

Foto: Carlos Queiroz - DP - Família vivia em uma espaço com estrutura comprometida há quatro anos

Pela segunda vez, a construção de habitação popular será executada com o Banco de Materiais da Prefeitura de Pelotas. A iniciativa beneficiará uma família que teve a residência parcialmente destruída por um ciclone há quase quatro anos, mesmo período em que as pessoas conviviam com a falta de condições adequadas de moradia. As obras na residência localizada no Sítio Floresta iniciaram na última semana e contam com a viabilização da Associação de Engenheiros e Arquitetos de Pelotas (Aeap) e do Sinduscon.

Em três meses, Lisiane Langue, 38 anos, os dois filhos e a mãe Noemi, 62 anos, voltarão para o local que residiam para habitar uma nova casa, ampliada e em condições dignas de moradia. Atualmente, no local, há apenas quatro paredes de alvenaria levantadas, resquício do que era o antigo imóvel. O restante da construção era de madeira e parte do telhado que foi destruído pelo ciclone danificou boa parte do material. Além disso, nos dias de chuva, os moradores não podiam utilizar a cozinha. “A gente não tinha ânimo nenhum porque desde roupa molhava, fogão, geladeira. Quando chovia e tinha vento não tinha como cozinhar porque tinha que colocar guarda-chuva em cima das coisas para tentar amenizar”, conta Lisiane.

Nesses três anos e meio desde o ocorrido, as duas mulheres tentavam buscar alternativas para amenizar a situação e auxílio para a revitalização de parte da casa. “Nesse período, a mãe procurou auxílio em diversos locais, eu também procurei, mas a gente nunca conseguia”.

A iniciativa
Com a ação “O que sobra vira obra”, a Aeap busca mobilizar a sociedade para a importância de realizar a doação ao banco do Município de materiais de construção que sobram e normalmente são descartados no lixo. “Cada ano nós temos uma parceria, neste a casa da dona Noemi está sendo construída em parceria com o Sinduscon, que adotaram o custeio da mão de obra”, explica a vice-presidente da associação, Vivian Magalhães. Em caso de falta de materiais que não estejam disponíveis no banco, os associados da Aeap se juntam e disponibilizam o recurso necessário.

A seleção dos beneficiados pela iniciativa é feita por meio da disponibilidade do Município da lista de pessoas mais necessitadas que estão vinculadas ao CadÚnico. “Veio novamente um pedido da Prefeitura, entre tantos, nós escolhemos essa porque era o caso mais urgente”. No ano passado, a ação beneficiou uma moradora do Bom Jesus, que sem acesso a energia elétrica utilizava velas para a iluminação da residência. Prática que um dia culminou em um incêndio que destruiu a casa. “Queremos sensibilizar a sociedade que todo o material pode virar uma obra para alguém, tudo se aproveita, além de contribuir na questão ambiental”, ressalta a vice-presidente.

Enquanto isso, a família aguarda ansiosa. “Estamos acompanhando de perto ali e mesmo vendo é difícil acreditar. A expectativa de ir morar numa casa decente que é o mínimo, aquela não tinha condições de nenhuma pessoa morar, imagina quatro, mas era o que tinha”, relata Lisiane.

 
Ajude
Para doar para o Banco de Materiais, basta entrar em contato pelo WhatsApp (53) 99174-4758, enviar uma foto dos itens, que uma equipe da Prefeitura vai ao local retirar.

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